segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O mais novo relógio da Grife Chanel

                             CHROMATIC

A inovação faz parte dos valores da grife francesa Chanel. A última novidade é uma cor – ‘Chromatic’ – um elegante tom que parece dançar constantemente entre o branco e o preto, duas cores pelas quais Gabrielle Chanel tinha verdadeira fascinação.
Aperfeiçoada nos ateliers suíços, a cor ‘Chromatic’ foi criada a partir de um material de última geração e altíssima tecnologia, uma liga de titânio e cerâmica, que recobre a nova coleção de relógios Chanel J12, e que resulta em brilhantes pontos de luz que estão sempre em movimento.
Para criar esse efeito reflexivo, a Chanel desenvolveu exclusivas técnicas de polimento, inspiradas em processos que utilizam pó de diamante, já aplicados no polimento de safiras.
Sob a misteriosa ambigüidade de ter e não ter cor, a liga de cerâmica com titânio praticamente reinventou a linha de relógios J12, escrevendo um novo capítulo na história desta lendária forma de medição do tempo.
A coleção é composta por três modelos – Classic, Diamonds e Baguette Diamonds. Todos contam com caixa e pulseira ‘Chromatic’, confeccionadas em liga de cerâmica e titânio, super resistentes a riscos e com dureza superior à safira. O dial cinza escuro pode ser dividido em três discos – o central possui acabamento canelado vertical e é limitado por um segundo disco, onde uma escala do tipo chemin de fer marca os segundos; o disco externo recebeu acabamento circular do tipo guilloché sob os indicadores de horas. Abaixo, a diferenciação entre uma e outra versão:
- Classic: dial com ponteiros e indicadores de horas em algarismos arábicos, com banho de ródio e acabamento polido; luneta de rotação unidirecional com acabamento acetinado; funções hora, minutos, segundos e data; resistente a até 200 metros de profundidade. Disponível com caixa nos tamanhos 41 e 38 mm (mecanismo mecânico de corda automático) e 33 mm (mecanismo a quartzo de alta precisão).
- Diamonds: dial com 8 brilhantes como indicadores de horas e ponteiros com banho de ródio e acabamento polido; luneta cravejada por 54 diamantes em lapidação brilhante, que totalizam 1,4 quilates; funções hora, minutos e segundos; resistente a até 50 metros de profundidade. Disponível com caixa nos tamanhos 38 mm (mecanismo mecânico de corda automático) e 33 mm (mecanismo a quartzo de alta precisão).
- Baguette Diamonds: versão haute joaillerie, com 12 diamantes em corte baguette (0,4 quilates cada) como indicadores de horas, ponteiros em ouro branco 18 quilates e banho de ródio; luneta em ouro branco 18 quilates cravejada por 34 diamantes em lapidação baguette, que totalizam 2,5 quilates; coroa em ouro branco 18 quilates com um brilhante de 0,15 quilates em seu topo; funções hora, minutos e segundos; resistente a até 50 metros de profundidade. Disponível com caixa nos tamanhos 38 mm (mecanismo mecânico de corda automático) e 33 mm (mecanismo a quartzo de alta precisão).
Chanel J12 Chromatic – uma cor revolucionária, um relógio exclusivo, uma nova forma de medir o tempo.

                          

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Mundo das Marcas Chanel

                   CHANEL Um verdadeiro mito. Responsável por grande parte das principais mudanças no vestuário feminino e na moda ocorridas no século XX. Considerada uma das forças do movimento feminista do começo do século passado, Mademoiselle Coco Chanel criou uma moda atemporal e elegante, ostentada até os dias de hoje, fazendo de sua marca um sinônimo de elegância e conforto. Enfim, CHANEL é sempre tendência.
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A história
Para contar um pouco da história da marca CHANEL é imprescindível conhecer um pouco da vida de sua criadora. A estilista francesa, que se tornou símbolo de uma revolução nos costumes e na postura da mulher no cenário social, adquiriu a elegância e simplicidade como formas de sobrevivência. Mitômana, nunca quis admitir sua origem pobre. Foi apenas após a sua morte, em 1971, que os reais fatos de sua infância ficaram conhecidos do público. Nascida no interior da França, na pequena cidade de Saumur em 19 de agosto de 1883, Gabrielle Bonheur Chanel ficou órfã de mãe aos seis anos de idade. Seu pai, Albert Chanel, a mandou para um pensionato da cidade francesa de Auvergne, onde permaneceu até a adolescência. Porém, a vida simples da cidade interiorana não condizia com a ânsia de Coco Chanel. Trabalhou como balconista e até em um cabaré, onde cantava a música ”Qui qu’a vu Coco dans le trocadero?” (responsável pela origem de seu apelido Coco).
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domingo, 18 de dezembro de 2011

Mundo da Marcas Prada

                    PRADA

Imagine uma marca italiana que seja sinônimo de luxo e glamour no mundo inteiro. Que até o Papa usa seus calçados. Ou melhor, até o Diabo veste. Chamar a italiana PRADA de marca é um tremendo insulto. Chique e luxuosa, desperta nas mulheres um intenso, e muitas vezes incontrolável, desejo por suas peças que mais parecem verdadeiras jóias do mundo da moda, chegando a ponto da poderosa editora da revista Vogue americana, Anna Wintour, declarar: “PRADA é o único motivo para alguém assistir à temporada de moda em Milão”. Resumindo, PRADA é simplesmente divina.
A história
A tradicional grife italiana foi fundada na cidade de Milão em 1913 por Mario Prada e seu irmão Martino com o nome de Prada Brothers (em italiano, Fratelli Prada). Começou a sua atividade comercial através do design e da manufatura exclusiva de acessórios de luxo, como malas de viagem e bolsas, em couro e peles sofisticadas, além de outros materiais de elevada qualidade. Ganhou notoriedade ao longo das décadas por seus produtos de luxo. Já em 1919, a loja localizada na Galleria Vittorio Emanuele II se transformou no local favorito da realieza italiana e da aristocracia européia, que buscava produtos cheios de elegância e sofisticação. Na época, eles não admitiam que as mulheres da família se envolvessem nos negócios, mas, ironicamente, foi a filha de Mario, Luisa Prada, quem administrou a loja por quase 20 anos. No ano de 1978, a neta de um dos fundadores, Miuccia Prada, juntamente com seu futuro marido Patrizio Bertelli, assumiu o controle da empresa, que já tinha perdido muito do seu brilho, e passou a criar produtos mais inovadores e contemporâneos. Nesta época a PRADA faturava míseros US$ 450 mil por ano. Além disso, ingressou com seus produtos em grandes e badaladas lojas de departamento. A ascensão da PRADA como marca de luxo se dá no início da década de 80, com o lançamento de uma bolsa preta de linhas básicas. O acessório tornou-se febre entre atrizes e celebridades, levando o nome da marca a um público maior e cheio de glamour. Pouco depois, em 1983, a empresa inaugurou uma segunda loja também na cidade de Milão. Essa nova loja representava uma nova imagem da marca, combinando elementos tradicionais com uma arquitetura moderna, além de introduzir em sua decoração a cor verde-palha, que se tornaria, nos anos seguintes, um símbolo padrão de suas lojas.


Outro fator de recuperação da marca italiana foi o lançamento de uma simples, porém célebre, mochila preta de nylon, material utilizado para fazer tendas militares, ajustada com tiras de couro. Além de ser bela a mochila criada era resistente. Miuccia acertou em cheio as necessidades de suas consumidoras: mulheres modernas que precisavam de praticidade, mas não abriam mão da beleza. Bolsas e outros acessórios de nylon foram estampados com o triângulo metálico invertido, onde era possível ler o nome da marca, e rapidamente se tornaram objetos de desejo, usadas por modelos como Jerry Hall e Marie Helvin. “Uma bolsa ou um sapato são boas maneiras de se identificar estilisticamente, sem ter que se estressar com o look inteiro”, costuma afirmar a estilista. É da mesma época o tênis com cara de sapato (ou será sapato com cara de tênis?) que chegou, viu e venceu no mundo dos calçados. Começava então a transformação da marca PRADA em um ícone do mercado de luxo mundial.


O processo de internacionalização da marca italiana foi acelerado com a inauguração em 1986 da primeira loja em Nova York e Madri, seguidas por unidades em Londres, Paris e Tóquio. No final desta década a PRADA entrou definitivamente no universo do mundo fashion ao apresentar sua primeira coleção de roupas femininas, aclamada pelas inovadoras linhas puristas e austeras, causando impacto e chamando a atenção do mundo da moda para a marca. A coleção mostrava muitas novidades, novos tecidos e tecnologias. O público, acostumado com a “sensualidade em forma de roupa”, se surpreendeu com as linhas retas e o tom intelectual da coleção. A crítica comparou PRADA à Gucci: enquanto a garota Gucci está tomando tequila no fundo de uma boate vestindo mini-saia e top, a garota PRADA está num café lendo Proust.


Os anos 90 começaram com a criação da MIU MIU, uma espécie de segunda linha da marca italiana batizada com o apelido de Miuccia, mais acessível e rapidamente adotada pela juventude cosmopolita, conferindo-lhe o status de ícone da moda mundial. Quase ao mesmo tempo a PRADA lançou no mercado sua primeira coleção masculina. Além disso, a empresa criou a Fundação Prada, que promove projetos e exposições com foco em arte contemporânea. Nos anos seguintes a PRADA lançou inúmeras novidades como uma linha esportiva, coleções de relógios, roupas íntimas, cosméticos, perfumes e uma sofisticada linha de decoração para casa. Ainda nesta década a marca ganhou enorme visibilidade com a inauguração de novas e modernas lojas em Londres (1994), Nova York, San Francisco e Paris (1996). Nesta época a marca possuía aproximadamente 40 lojas próprias, 20 das quais localizadas no Japão. Em 1998 a marca inaugurou sua primeira loja exclusivamente dedicada ao público masculino na cidade de Los Angeles.


Em 2008 a marca italiana lançou uma coleção de acessórios e uma linha limitada de bijuterias com estilo retro. A marca selecionou materiais inovadores para as bijuterias, como cristais tratados em choque térmico para criar um efeito “craquelado”. Os cristais de vários tamanhos e formas foram aplicados em colares, brincos e pulseiras. Foi neste mesmo ano, que a marca italiana ressuscitou as rendas, até então ligeiramente esquecidas pela indústria fashion, em sua coleção de inverno, repleta de peças com corte comportado e transparência. Em 2010 a marca italiana inaugurou quatro novas lojas em Xangai, elevando o número de unidades no país para 38, demonstrando a importância desse enorme mercado nos planos futuros da empresa. Atualmente os preços dos sapatos da marca italiana variam entre US$ 400 à US$ 2.500, as bolsas entre US$ 200 e US$ 7.000, as jaquetas entre US$ 3.000 à US$ 15.000 e os vestidos entre US$ 1.500 à US$ 7.500. Afinal de contas, o luxo da PRADA tem seu preço.


A linha do tempo
1979
Lançamento da primeira coleção de sapatos femininos.
1984
Lançamento da PRADA BACKPACK, uma mochila feita em náilon que se transformaria em um dos ícones da marca italiana.
1988
Lançamento da primeira coleção de roupas feminina da marca.
1993
Lançamento da MIU MIU, uma marca mais jovem e ousada composta por roupas, bolsas, calçados e acessórios. Essa marca descontraída investe em cores, estampas e comprimentos míni.
Lançamento da primeira coleção masculina de roupas, calçados e acessórios.
1995
Criação da FUNDAZIONE PRADA (Fundação Prada) para abrigar exposições de arte e publicar livros.
1997
Lançamento da PRADA SPORT, uma linha esportiva de roupas e acessórios.
2000
Lançamento da primeira coleção de óculos de sol e armações da marca italiana.
Lançamento de sua primeira linha de cosméticos.
2001
Inauguração em Nova York da PRADA EPICENTER, uma loja-conceito com arquitetura e design inovadores.
2004
Lançamento do PRADA DONNA, primeiro perfume da marca.
Lançamento do perfume feminino PRADA AMBER.
2006
Lançamento do PRADA AMBER, primeiro perfume masculino da marca italiana.
2007
Lançamento do perfume feminino PRADA INFUSION D’IRIS.
2008
Lançamento do perfume masculino PRADA INFUSION D’HOMME.
Lançamento dos óculos PRADA BUTTERFLY, que possuía proporções mais avantajadas e linhas laterais em forma de asas de borboleta. Rapidamente Nicole Richie, Paris Hilton, Brooke Shields e Gwen Stefani foram clicadas usando os óculos, que se transformaram em um enorme sucesso.
2009
Lançamento do perfume PRADA L’EAU AMBRÉE.
Lançamento de um livro que mostra os últimos 30 anos da marca italiana. Nas 706 páginas do livro estão não somente a trajetória histórica da empresa e as imagens dos produtos mais famosos, mas também todo o processo criativo. Um dos conteúdos da publicação são as 3.885 fotos em miniatura das bolsas e sapatos mais famosos da grife italiana.
Lançamento do PRADA TRANSFORMER, uma pioneira estrutura temporária, que serve para acomodar uma variedade de eventos culturais. Constituída por quatro formas geométricas básicas - um círculo, uma cruz, um hexágono e um retângulo envoltos em uma membrana translúcida - projetadas para receber uma exposição de moda, um festival de cinema, uma exposição de arte e um desfile de moda da marca italiana. A primeira cidade a contar com o novo projeto foi Seul na Coréia do Sul.
2010
Lançamento da coleção PRADA MADE IN, feita á mão e que combina estilos artesanais de localidades diversas do mundo com a identidade da marca. Assim a “Prada Made in Scotland” é uma coleção de kilts de tartan produzidos em oficinas especializadas nas técnicas centenárias de tecelagem e confecção. Os bordados indianos e seu colorido de encher os olhos também ganharam uma linha com a etiqueta de luxo, “Prada Made in India”, que traz peças produzidas a mão com a técnica Chikan, tradicional da Índia muçulmana. Do Peru, por sua vez, vem uma série de cardigãs e blusas em malha de lã de alpaca, conhecida pelos incas como o “ouro dos Andes”. O Japão, curiosamente, também entrou na lista com o jeans produzido pela Dova, considerada por Miuccia a fábrica de jeans mais sofisticada do planeta.
Lançamento do PRADA PRIVATE, um serviço de customização de óculos onde o cliente tem a opção de trocar as iniciais “P” e “R”, que estão na lateral das hastes, por outras duas letras quaisquer do alfabeto ou ainda alguns símbolos como números, corações, estrelas e caveiras.
Lançamento do perfume feminino PRADA INFUSION DE TRUBÉREUSE.
2011
Lançamento do PRADA AMBER POUR HOMME INTENSE, uma edição limitada da tradicional fragrância masculina da marca.


PRADA + LG
A marca italiana inovou ao lançar no mês de março de 2007, em parceria com a coreana LG Electronics, o aparelho celular LG PRADA KE850. O celular, que estava sendo desenvolvido desde 2005, chamado de “PRADA Phone by LG”, é esguio (12 milímetros de espessura), com tela sensível ao toque e câmera de 2 mega pixels. A grife italiana ajudou a criar a interface do aparelho, os tons de chamada, o conteúdo pré-instalado e os acessórios. Segundo a PRADA o objetivo do projeto é posicionar a marca na arena dos telefones celulares, que cada vez mais são sinônimos de estilo. O novo aparelho, lançado ao preço de €600, vendeu 300 mil unidades em oitos países (Itália, Alemanha, Reino Unido, França, Coréia do Sul, Taiwan, Cingapura e Hong Kong) nos três primeiros meses. Em 18 meses foram mais de 1 milhão de unidades vendidas. No Brasil, o celular chegou, meses depois, comercializado pelas operadoras Vivo, Claro e Tim ao preço de R$ 1.900,00. A LG não comentou a razão pela qual optou por não lançar o modelo nos Estados Unidos. Em 2009 a segunda geração do telefone celular foi lançada no mercado.


Experiência única
Além da moda, a empresa revoluciona na arquitetura, com seus projetos de lojas, com jeito de galeria, sem nome na fachada e onde os produtos têm status de obras de artes, assinados por importantes arquitetos contemporâneos como o visionário holandês Rem Koolhaass, responsável pela filial de Nova York, inaugurada em 2001 no badalado distrito do SoHo, erguida no local onde funcionou a filial do Museu Guggenheim. Ao custo de US$ 40 milhões, o espaço de 2.300 metros quadrados, assombra pela arquitetura e encanta pela decoração, chegando a surpreender pelos sofisticados efeitos tecnológicos. O nome do projeto não poderia ser mais sugestivo: PRADA EPICENTER, um local em que moda, arte e arquitetura se relacionam. Algumas novidades incluem o elevador redondo de vidro (decorado com malas e bolsas da marca) e as portas dos provadores feitas com painéis de cristal líquido que escurecem quando o cliente entra para experimentar uma peça de roupa, garantindo sua privacidade. Outra novidade está dentro dos provadores. O consumidor pode pendurar peças de roupa e acessórios em uma espécie de cabide. As imagens são capturadas através das etiquetas inteligentes e projetadas numa tela de plasma. Basta apertar botões nessa tela para o cliente misturar as peças até encontrar a melhor combinação ou obter detalhes sobre os artigos como tamanhos, cores, materiais, número de peças no estoque e preço – este, raramente abaixo dos quatro dígitos. Produtos são exibidos em gaiolas de vidro penduradas no teto; outros, ainda, sobre tablados de madeira em sala de piso quadriculado e teto de espelho. Resultado: virou ponto turístico de Manhattan. A unidade de Tóquio, inaugurada em 2003 e assinada pela dupla suíça Jacques Herzog e Pierre de Meuron, é a mais provocativa construção da capital japonesa. Este conceito de loja possui unidades também em Beverly Hills (inaugurada em 2004) e San Francisco.


O gênio por trás da marca
Hoje em dia, ela é considerada a papisa da moda. Maria Bianchi Prada nasceu no dia 10 de maio de 1949 em Milão, berço da moda italiana. Formada em ciências políticas e ex-militante do Partido Comunista Italiano, em sua juventude, onde participava de passeatas vestindo roupas do estilista Yves Saint Laurent, participou de movimentos estudantis e quis trazer para suas coleções uma mulher inteligente, bem informada, ousada e inovadora, bem diferente do estilo feminino e sensual pregado pelos seus conterrâneos. Ela assumiu a empresa aos 28 anos, ocupando o lugar da mãe, a contragosto. Porém, logo em seu primeiro desfile de prêt-à-porter, causou impacto e ganhou importância.


Tímida, avessa a entrevistas, festas e eventos, representa, na moda, a intérprete de seu tempo, uma verdadeira antena parabólica de vontades. Mais que isso: ela antecipa vontades, lançando em seus desfiles em Milão uma moda que ainda nem sabíamos que queríamos. Munida desse talento, transformou a PRADA, uma centenária marca italiana de bagagens (herança do avô), na mais copiada grife de moda do planeta, presente nas vitrines pop dos bairros chiques em pontos tão distantes quanto o Harajuku, em Tóquio, e o SoHo, em Nova York. Seu toque de Midas fez da PRADA uma das marcas que mais ditou tendências em acessórios ao longo dos últimos anos: bolsas com couro tie-dye, laço no lugar das alças, modelo bowling. Das profundezas do universo da moda, como uma sacerdotisa que fala por enigmas, Miuccia Prada comanda o espetáculo. Miuccia foi a primeira estilista a aparecer, em 2008, na capa da The New York Magazine, uma das publicações que mais dita tendências no mundo. A italiana é a única estilista que consta na lista da revista Time das 100 pessoas mais influentes do mundo.

Mundo das Marcas Christian Louboutin

     CHRISTIAN LOUBOUTIN 

Comecem a reparar nas fotografias tiradas nos “Red Carpets” ou os famosos tapetes vermelhos onde as celebridades param para ser clicadas. Reparem que as mulheres se viram de lado e erguem levemente o pé para mostrar um solado vermelho. Esta é a marca registrada que consagrou Christian Louboutin, um dos maiores designers de sapatos do momento. O francês é um dos nomes atuais que dita moda nos pés das celebridades de Hollywood. E é fácil reconhecer à distância quem calça seus extravagantes modelitos. Sola vermelha e saltos altíssimos aos quais nem Angelina Jolie, mesmo grávida, resiste. Além dela, a lista de clientes ilustres inclui a descolada Victoria Beckham, Katie Holmes, Nicole Richie, Kate Winslet e Dita Von Teese. Todas elas mulheres lançadoras de tendências e que sabem se equilibrar com leveza em cima do salto.

A história
Antes que a maioria das mulheres comuns conseguisse decorar Manolo Blahnik, o peculiar nome que se transformou em sinônimo dos sapatos mais chiques do planeta, outro estilista, de nome mais complicado ainda, vai assumindo a posição de autor do salto agulha que toda consumidora louca por moda (e com a carteira recheada de dinheiro) precisa ter. Christian Louboutin, mistura de francês com vietnamita, não é novato no ramo, mas agora chegou ao topo, segundo as caprichosas preferências do mercado de luxo. Tem duas marcas registradas: o salto altíssimo (na faixa dos 12 a 13 centímetros) e a sola laqueada pintada de vermelho-sangue.

Em entrevista à apresentadora americana Oprah Winfrey, ele contou que a idéia de pintar a sola de vermelho laqueado veio num momento em que ele achava que suas criações precisavam de um toque especial. “Uma funcionária minha sempre pintava as unhas. Um dia peguei o esmalte dela, passei na sola, e o sapato ganhou vida” disse o designer. Depois disso, nunca mais os solados de um LOUBOUTIN passaram despercebidos. Em 1979, com apenas 15 anos, ele já conhecia a noite parisiense, as salas de música e teatros da cidade e, vidrado por esse universo sensual, decidiu criar sapatos para vender às dançarinas do Moulin Rouge e do Folies Bèrgere.

Fascinado por sapatos desde criança, o designer usou como base de suas primeiras coleções rascunhos de infância feitos em seus cadernos de escola. Sem loja, ele ia a cabarés e boates para vender seus sapatos. “As mulheres ficavam nuas, mas continuavam calçadas”, contou ele certa vez em uma entrevista à revista Marie Claire. Na época, porém, eram freqüentes os “nãos” de mulheres que alegavam não ter dinheiro. Ex-aprendiz do mestre Charles Jourdan (com ele aperfeiçoou os mais ou menos 100 passos para a confecção de um salto agulha perfeito) no começo da década de 80, Louboutin trabalhou para grandes grifes mundiais, como Roger Vivier (o criador do salto agulha), Christian Dior, Chanel e Yves Saint Laurent, e até como paisagista e colaborador da revista Vogue, antes de se estabelecer, com a ajuda de dois amigos, por conta própria em Paris, no ano de 1992, com a inauguração de sua primeira loja na Galerie Vero-Dodat, uma elegante galeria parisiense próxima ao Museu do Louvre.

Um exemplar da sua primeira fornada foi direto para o acervo permanente do Instituto de Moda do Metropolitan Museum de Nova York. A segunda coleção, intitulada “Trash”, não tinha nada de lixo, mas utilizava como decoração bilhetes de ônibus, tampas de latinha de cerveja e outras traquitanas do cotidiano. Quatro meses após a inauguração da boutique, uma jornalista americana da W Magazine estava em Paris para descobrir novos endereços “trend” na cidade. Foi quando ela ouviu uma animada conversa de duas mulheres sobre os sapatos da boutique de Christian Louboutin; uma delas era a Princesa Caroline de Mônaco. A matéria foi publicada, o negócio decolou e o resto é história.

Os sapatos de Louboutin não são mesmo para qualquer uma. Dois anos mais tarde, em 1994, a marca inaugurou uma loja na cidade de Nova York. Um modelo básico custa em torno de US$ 500, mas pode ultrapassar facilmente a cifra de US$ 1.000 dependendo do material com o qual é feito. O preço não é exatamente de obra de arte, mas o designer já transformou seus sapatos em peças dignas de exposição, literalmente. Recentemente, o cineasta David Lynch, de quem é amigo íntimo, fotografou os modelos e organizou uma mostra em Paris em 2007. Também recentemente o estilista, famoso por seus sapatos de salto alto que viraram hit fashion, apresentou uma novidade que deixou muita gente surpresa: um tênis. O par de tênis estampado e texturizado como um leopardo estava a mostra em recente evento para a imprensa, organizado pela marca. Em 2007 a marca inaugurou sua primeira loja na Ásia, localizada em Hong Kong.

No dia 22 de abril de 2009, CHRISTIAN LOUBOUTIN inaugurou no shopping Iguatemi sua primeira loja na América Latina. Dividido em três salas, uma delas fechada por espelhos para atendimentos particulares, o novo local apresenta os sofisticados e inconfundíveis sapatos de solado vermelho-sangue. Com perspectiva de aumentar ainda mais o alcance da marca foi lançada recentemente uma linha de bolsas - cujo preço, na Europa, vai de €800 a €1.3 mil - e novas lojas próprias em cidades como Miami, Dubai e Brasília (que ganhou sua loja em 2011). Não à toa, que as exportações representam 95% de suas vendas, que, desde 2005, apresentam crescimento de 30% a 40% ao ano. O renome da marca CHRISTIAN LOUBOUTIN e da sola vermelha é tamanho que em 2009 a empresa assinou um contrato de um ano com a Mattel, fabricante da boneca Barbie, já que três modelos da boneca produzidos neste ano calçavam sapatos de sola vermelha. Não é à toa que a CHRISTIAN LOUBOUTIN é considerada pelo Luxury Institute, há três anos seguidos, a marca de sapatos mais desejada do mundo.

Estilo próprio
O estilista conquistou o mundo da moda com modelos completamente despojados, primando pelo design e pela combinação de cores e adornos arrojados, com saltos que já chegaram a 25 centímetros de altura, num modelo feito por encomenda. Nas lojas, o máximo à venda são 16 centímetros de altura, mas Louboutin revela que a média dos modelos fica com módicos sete ou oito centímetros. Há ainda, pasmem as apreciadoras das pequenas torres criadas pelo francês, os modelos rasteiros, totalmente no chão. Mas foi na esfera das festas, dos tapetes vermelhos, das ocasiões em que todo mundo comenta o que todo mundo usa que Louboutin se superou – como bem atestam freguesas fiéis como Caroline de Mônaco, Nicole Kidman e, surpresa, Sarah Jessica Parker.

Seus sapatos são fabricados na Itália, em uma cidade perto de Milão, e criados no atelier do designer, em Paris. Seu modelo mais caro, chamado de Lady Rings, é de camurça com cristais, e tem preço de €1.290. O Pesce, fazendo jus ao nome, desenha com recortes de couro uma exótica carpa. O preço médio fica em torno dos 500 euros. Recentemente, dois modelos feitos em parceria com o bordador Jean-François Lesage, em homenagem a Maria Antonieta, prometem virar peça de museu. Produzidos em edição limitada de apenas 36 pares, as peças foram colocadas à venda por US$ 6.295 apenas na butique da Madison Avenue, em Nova York.

Campanhas ousadas
A marca CHRISTIAN LOUBOUTIN é tão ousada e surpreendente como seu criador. Isto pode ser comprovado na inovadora e provocativa campanha de outono/inverno 2011 que faz sátiras fashionistas a grandes obras de arte. São telas clássicas de pintores conceituados como François Clouet, James McNeil Whistler e Jean-Baptiste-Camille Corot. O responsável pela criação das imagens, que conta com as mais famosas criações da marca, conhecida pelo solado vermelho, enfeitando pinturas muito conhecidas pelo mundo afora, é o renomado fotógrafo Peter Lippmann. Uma delas foi inspirada no quadro Elizabeth of Austria, de Francois Clouet, e conta com os sapatos Madame au Pigalili, em dourado, e a bolsa de mão Catalina. Outra delas é o quadro Whistler’s Mother, de James McNeil Whistler, que foi combinado com a bota Tootsie, de couro e salto altíssimo.

Mundo das Marcas CHRISTIAN DIOR

                      CHRISTIAN DIOR


A marca CHRISTIAN DIOR é um ícone da moda de alta costura. Inventou o chamado “New Look”, que ao longo de sua história fez a própria tradução física dos sonhos e da fantasia humana através de seus vestidos. A marca é, talvez, a mais influente, chique e glamorosa do fascinante e extravagante mundo da alta costura. Fruto da cabeça criativa e inovadora, que adorava romper e quebrar tendências, do estilista Christian Dior.
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A históriaConsiderado o new look da moda internacional até hoje, Christian Dior era uma pessoa de temperamento difícil e complicado, mas conhecia seu ofício quando desenhava seus croquis para a alta costura francesa. O estilista nasceu na cidade de Granville, balneário conhecido como a Mônaco do norte da França, em 21 de janeiro de 1905. Na época, a família Dior tinha uma boa situação financeira, seu pai era um próspero comerciante de fertilizantes, o que lhe garantiu uma infância e juventude tranqüila. Seriam as roseiras de sua mãe, Madeleine, que inspirariam o futuro estilista a criar seus modelos florais e orientais para, como dizia ele, “embelezar as mulheres”. Mesmo com o grande interesse em artes, especialmente o desenho, estudou ciências políticas, por influência de seu pai, com a intenção de seguir uma carreira diplomática. Após terminar o curso, gastou seu tempo viajando pela Europa, até que, em 1927, abriu uma galeria de artes, em sociedade com o amigo Jacques Bonjean. Eles chegaram a expor alguns trabalhos de amigos como Christian Bérard.
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-Em meados de 1934, Dior enfrentou uma grave doença. E o que é pior, não podia contar mais com o dinheiro da sua família que, desde 1931, atravessava vários problemas financeiros. Em 1935, recuperado e disposto, começou a desenhar croquis para o Figaro Illustre, jornal parisiense que os publicava semanalmente na seção de alta costura. Depois de conseguir vender uma coleção de desenhos de modelos de chapéus, o inventivo Dior elaborou croquis de roupas e acessórios para várias maisons de Paris, até que, em 1938, ingressou de cabeça no mundo da alta costura ocupando o cargo de assistente do estilista suíço Robert Piguet. Nesse ínterim, explodia a Segunda Guerra Mundial e Dior foi convocado para a batalha, na qual atuou como soldado do corpo de engenheiros.
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-Em 1941, já trabalhando na Maison do estilista francês Lucien Lelong, conheceu o francês Pierre Balmain, que depois se tornaria um grande e importante estilista francês. Nessa altura, o estilista, então com 41 anos de idade, almejava ter a sua própria Maison e conseguiu concretizar o sonho com a ajuda financeira do então magnata e empresário dos tecidos, Marcel Boussac, no dia 16 de dezembro de 1946 com a fundação da The House of Dior. O lendário endereço, em Paris, o número 30 da Avenida Montaigne é o mesmo até os dias de hoje. No dia 12 de fevereiro de 1947 lançou sua primeira coleção chamada “Carolle Line” que contava com a revolucionária saia na altura do tornozelo, apelidada pela redatora da conceituada revista americana Harper’s Bazaar, Carmel Snow, de “New Look” (novo visual). Contendo inúmeras variações e novidades para época, a coleção se tornou um sucesso imediato, principalmente pelos ombros arredondados, cinturas acentuadas, saias rodadas, vestidos suntuosos, fartos, com cintura bem fininha e ombros à mostra. O modelo que se tornou o símbolo do “New Look” foi o tailleur Bar, um casaquinho de seda bege acinturado, ombros naturais e ampla saia preta prissada, que vinha quase até a altura dos tornozelos. Luvas, sapato de salto alto e chapéu completavam o figurino.
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-Além de causar fascínio pela sua elegância e luxo, o conceito do New Look vinha carregado de extravagância e exagero: vestidos tradicionalmente feitos com 5 metros de tecido, agora usavam até 40 metros. Ele conquistou de cara o mundo da alta costura pela ousadia e por causar impacto com suas roupas – afinal, para ele, “as peças eram feitas não somente para serem bonitas, mas também para chocar”. O estilista conseguiu mudar o conceito de praticidade e simplicidade das roupas femininas, até então uma necessidade dos tempos de guerra e uma tendência da moda criada por Chanel. Após alguns anos de reclusão, a mulher pós-guerra queria se sentir novamente feminina e estava ansiosa em recuperar a elegância e o luxo verdadeiro. Nos bailes, que à época se sucediam aos jantares, as mulheres ricas e célebres compareciam usando Dior. O estilista criou modelos extremamente femininos, luxuosos, sofisticados e elegantes, inspirados na moda da segunda metade do século 19. Os vestidos eram mais longos, o busto mais acentuado, a cintura bem marcada e as saias amplas.
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-Ainda em 1947 foi fundada a divisão de perfume, conhecida como Parfums Christian Dior, que iniciou suas atividades com o lançamento da fragrância Miss Dior, um verdadeiro clássico até os dias de hoje. Em apenas um ano, a coleção New Look teve mais de dez mil encomendas. A volta por cima da beleza feminina fez a cabeça de mulheres célebres como Eva Perón, Grace Kelly e Marlene Dietrich. Em 1949, dois anos após a inauguração, a Maison Dior já era responsável por mais de 5% das exportações francesas. Nesta época, Christian Dior já tinha uma casa de prêt-à-porter de luxo em Nova York, além de estar bem estabelecido para assinar contratos de licenças com empresas americanas. No ano de 1954, ele mudou tudo com a apresentação da linha H (H de haricot vert, uma vagem comprida): nada de busto e cintura apertada. Dior inovou mais uma vez ao imprimir estilo com vestidinhos tubulares que escondiam as formas. O vestido-saco revolucionou de forma surpreendente cabeças e corpos. Também criou modelos luxuosos, com muita seda e tule bordado, além dos vestidos de tecidos transparentes, com saias sobrepostas e comprimentos dos mais diversos.
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-A linha Y surgiu em 1955 e mostrava um corpo longo com a parte superior mais pesada, além de golas grandes que se abriam em forma de V. A linha A trouxe vestidos e saias que se abriam a partir do busto ou da cintura para formar os dois lados de um A. Com apenas 52 anos de idade e dez anos depois de fundar sua Maison, Christian Dior morreu precocemente em 23 de outubro de 1957 após sofrer um ataque cardíaco fulminante. Deixou um verdadeiro império do luxo, com 28 ateliês e 1.200 empregados. Os números impressionavam: em dez anos de existência, foram vendidos mais de 100 mil vestidos, um milhão e quinhentos mil metros de tecido decorados e 16 mil croquis realizados. Além disso, ele ingressou no mercado de massa em Nova York, foi capa da revista Time (segurando a inseparável tesouro de costura), e, ao democratizar suas criações, foi acusado de banalizar a cultura francesa. Estava adiante de seu tempo. Inaugurou lojas DIOR na Inglaterra, México, Cuba, Canadá e Japão. Para assumir a direção de criação da grife, após sua morte, foi escolhido o então jovem e talentoso Yves Saint-Laurent, que provocou protestos dos discípulos de Dior por ter criado peças poucos tradicionais para a marca, como jaquetas de couro e vestidos curtos.
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-Em 1962, Saint-Laurent resolveu abrir sua própria Maison, e em seu lugar assumiu Marc Bohan, um estilista francês mais experiente. Seus modelos mais influentes foram apresentados em 1966, baseados no filme Dr. Jivago, com casacos amplos de cintura apertada, vestidos longos e botas. No final desta década, dois acontecimentos foram de extrema importância para a marca: em 1967 a inauguração da primeira loja exclusivamente masculina (DIOR HOMME) e, em 1969, o estabelecimento da divisão de cosmético, que seria responsável por consolidar a marca DIOR ainda mais como um ícone do segmento de luxo. A partir de 1989, o italiano Gianfranco Ferré, em uma clara tentativa de renovação da Maison, foi escolhido como o novo nome da marca CHRISTIAN DIOR. Logo em sua primeira coleção ganhou o Dedal de Ouro oferecido pela empresa Helena Rubinstein ao melhor estilista de cada temporada. Em 1990, lojas sofisticadas da DIOR foram inauguradas em lugares luxuosos de Nova York, Los Angeles e Tóquio.
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-Desde 1997, o inglês John Galliano é o designer da grife e responsável pela criação das coleções de alta costura e prêt-à-porter feminino. E chegou para incendiar a marca francesa. O estilista assumiu o posto criativo da CHRISTIAN DIOR com o respaldo de nada menos que Bernard Arnault, o todo-poderoso do grupo LVMH, influente conglomerado do segmento de marcas de luxo, que havia adquirido a grife em 1984. Ao colocar Galliano, um rebelde, inglês e iniciante, à frente da Maison Dior, os franceses ficaram chocados. Porém, apenas um ano depois, a marca voltou a dar dinheiro. John Galliano causou uma reviravolta na DIOR. Houve dois “escândalos”, no bom sentido da palavra, que fizeram com que a marca voltasse aos bons tempos: a simples contratação de John Galliano e a “coleção dos mendigos”, que causou frisson ao desfilar modelos vestidos como mendigos na passarela. O estilista é convencido de que o esquisito, mesmo chocante, vende. Já colocou nas passarelas trapezistas, acrobatas chineses, monges Shaolin, freiras e esfinges. Considerado um gênio rebelde, o estilista comandante da DIOR falava pouco em público, mas não precisava disso para virar notícia. Em um dos seus últimos desfiles de alta costura, modelos exibiram vestidos em estilo império, recobertos de bordados preciosos. Enquanto isso, uma banda de hard rock tocava e destruía seus instrumentos a chutes e pauladas. Recentemente, no início de março de 2011, o estilista, filho de um encanador inglês e de uma espanhola, depois de ter sido suspenso de suas atividades após ter sido detido em Paris, acusado de insultos antissemitas, foi demitido pela marca francesa. O italiano Riccardo Tisci foi nomeado novo diretor criativo da maison.
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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

TENDÊNCIA FESTAS

  PEQUENO NOTÁVEL


Ideia brilhante ,ilumine a produção de festa de fim de ano com a ajuda dos paetês .

                    

FASHION RIO NEGÓCIOS

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domingo, 4 de dezembro de 2011

Grife Italiana de susesso no Brasil

  A BOTTEGA VENETA é a grife em ascensão no concorrido e bilionário segmento de luxo. Conhecida por suas bolsas, sapatos e cintos feitos impecavelmente em couro, cujos valores ultrapassam sem muita dificuldade a barreira de €1.000, a marca italiana não ostenta logotipo (seu nome é escrito por extenso no interior de seus produtos). Discreta, a italiana BOTTEGA VENETA domina hoje as páginas iniciais das principais revistas de moda internacionais, e começa a incomodar muitos ícones luxuosos como a francesa Hérmes.

A história
A história da BOTTEGA VENETA, que em italiano significa “loja veneziana”, mas nasceu em Vicenza, cidade ao norte da Itália reconhecida por abrigar até hoje hábeis ourives, começou em 1966 quando o casal Vittorio e Laura Moltedo inaugurou um pequeno, porém dinâmico negócio que manufaturava produtos e artigos luxuosos em couro. Desde seu nascimento, a marca italiana ficou conhecida por tratar o couro usado em sapatos, bolsas e acessórios com o mesmo cuidado com que um artesão manipula filetes de ouro. Seu maior patrimônio era - e continua sendo - o “Intrecciato”, o couro trançado, quase como uma cesta. Para a BOTTEGA VENETA, o desfile dos logotipos de maneira óbvia era considerado um tipo de traição ao princípio do produto feito à mão, que é único e pessoal. As iniciais BV só apareciam discretamente dentro das bolsas.


No final da década de 70, a marca italiana lançou, em 1978, o que viria a se tornar um de seus maiores ícones: as pequenas bolsas de mão para festas (conhecida em inglês como “Knot”). Na década de 80 os acessórios da grife se tornaram extremamente populares entre os freqüentadores da lendária boate novaiorquina Studio 54, tendo no cultuado artista pop americano Andy Warhol, um de seus mais notáveis divulgadores. Na década de 90, o interesse pela marca despencou e a BOTTEGA VENETA se viu restrita a um punhado de consumidores abonados. Foi quando a família Moltedo resolveu contratar em 1998 o jovem estilista inglês Giles Deacon para literalmente “chacoalhar a marca”. Sob seu comando a grife lançou a primeira coleção pret-à-porter (roupas) em 2000. O sucesso foi imediato, apesar de suas criações espalhafatosas, e BOTTEGA VENETA começou a chamar a atenção de outras grandes marcas de luxo.

Foi então, que em julho de 2001, o Grupo Gucci, que hoje pertence ao conglomerado de luxo PPR, comprou 66% da BOTTEGA VENETA por US$ 156.8 milhões. A primeira providência dos novos proprietários foi contratar um novo diretor criativo, o alemão Tomas Maier, para revitalizar a marca, isto é, modernizar o tradicional. Tomas Maier deu um novo impulso a marca italiana, mantendo o estilo clássico e atemporal, lançando a sua primeira coleção de ready-to-wear, tanto para mulheres como para homens. Era o renascimento da marca italiana no concorrido mercado de luxo.

Nos anos seguintes o alemão desenvolveu um conceito de luxo baseado em criação artesanal diferenciada, design inovador, funcionalidade contemporânea e materiais da mais alta qualidade. Com o suporte financeiro dos novos proprietários, pouco a pouco, a BOTTEGA VENETA, então com apenas 17 lojas no mundo, foi crescendo, inaugurando lojas em outros países (como em 2002, quando abriu três lojas localizadas em Paris, Londres e Milão) e fazendo produtos cada vez mais de alta qualidade, estilo e extremo luxo, cujos preços beiravam o absurdo.

Em 2004, além do lançamento da sua primeira coleção de joalheria, a marca italiana inaugurou uma enorme loja de dois andares em plena Quinta Avenida na cidade de Nova Iorque, dando um belo exemplo de como crescer sem perder a aura de boutique. Na loja, cada um dos puxadores das portas é feito em couro - e à mão - os tapetes são de lã artesanal da Nova Zelândia e há uma sala dedicada a artigos feitos sob medida em couro para homens e mulheres. Tem clima de pequena butique dentro de uma imensa loja. Em 2006 a grife italiana expandiu sua área de atuação ao lançar uma luxuosa e moderna coleção de móveis para casa. Neste mesmo ano inaugurou sua segunda loja em Paris, localizada na badalada Avenida Montaigne. Além disso, no verão, inaugurou uma escola para ensinar o ofício de trabalho artesanal em couro chamada Veneta della Scuola Pelletteria, que apóia e ajudas as novas gerações de artistas. Nos anos seguintes a BOTTEGA VENETA levou seu estilo clássico e luxuoso para outros segmentos, lançando coleções de óculos.

Recentemente, assim como muitas de suas marcas concorrentes, a BOTTEGA VENETA também está investindo na Índia, na China, Turquia, Ucrânia e Rússia, procurando atingir os consumidores famintos por produtos de luxo desses mercados emergentes. Além disso, no final de 2009, a marca italiana e a Coty, líder global no segmento de produtos para beleza, anunciaram a formação de uma exclusiva parceria para criar, desenvolver e distribuir uma linha de fragrância sob a grife BOTTEGA VENETA. Nos últimos anos uma prestigiosa lista de artistas tem contribuído para a criação de campanhas publicitárias da BOTTEGA VENETA, entre eles Alex Prager (2011), Nan Goldin (2010), Larry Sultan (2009), Nick Knight (2008), Sam Taylor-Wood (2008), Annie Leibovitz (2007), Tina Barney (2007), Lord Snowdon (2006), e Philip-Lorca diCorcia (2005).

A cada coleção, a marca italiana, que não ostenta tendências, persiste produzindo peças com um couro impecável, cores elegantes e modelos discretos. Crescendo silenciosamente e com um perfil discreto, sem alardear seu logotipo, a marca foi adotada por celebridades como a apresentadora Oprah e Jennifer Lopez, que apareceram em público utilizando seus exclusivos e sofisticados produtos. Nada mal para uma marca que tem aversão de mostrar seu logotipo.

Discrição para alcançar o sucesso
Atualmente a grife italiana, que possui bolsas cujos preços variam de US$ 1.500 a US$ 75.000, está sendo discretamente comparada a lendária Hermès e aparece como a segunda maior força do conglomerado de luxo PPR, atrás somente da Gucci. O segredo? A BOTTEGA VENETA mostrou que tem o DNA do luxo e cresceu porque soube se posicionar. O famoso lema da marca italiana, “Quando suas próprias iniciais são suficientes”, expressa uma filosofia de individualidade e confiança que está no centro do compromisso da BOTTEGA VENETA no que se refere ao luxo e ao artesanato insuperáveis. Até agora a marca se manteve autêntica, evitando aderir à “logomania” do luxo e atraindo cada vez mais aquele consumidor atualizado e avesso às ostentações mais óbvias. No longo prazo, esta é uma estratégia que preserva a integridade da marca.

Além disso, ao longo do tempo ela resistiu às tentações de abaixar seus preços para atingir um mercado maior e se tornar uma marca mais convencional e de alta difusão. Ao invés disso, concentrou-se em coleções bem direcionadas, mantendo sua qualidade diferenciada tanto na manufatura quanto no atendimento ao cliente, sem oferecer brindes ou descontos. Outro ponto forte que faz a marca se manter no topo é o fato de todos os produtos terem como característica diferencial a manufatura artesanal. Um exemplo disso é a bolsa Cabat, com uma produção anual limitada a no máximo 500 peças, vendidas a €3.000, podendo a chegar a €75.000, dependendo do material utilizado (couro de avestruz, crocodilo ou iguana). E a novidade é que essa característica foi trazida também para as jóias e para os objetos de decoração recentemente.

Dados corporativos
● Origem:
Itália● Fundação: 1966● Fundador: Vittorio e Laura Moltedo● Sede mundial: Vicenza, Itália
● Proprietário da marca:
PPR Group● Capital aberto: Não (subsidiária)
● CEO & Presidente:
Marco Bizzarri● Diretor criativo: Tomas Maier● Faturamento: €511 milhões (2010)
● Lucro: €133 milhões (2010)
● Lojas: 155
● Presença global:
80 países● Presença no Brasil: Não
● Funcionários:
1.536● Segmento: Moda de Luxo
● Principais produtos:
Sapatos, bolsas e acessórios● Ícones: O couro trançado e os sapatos de camurça● Slogan: When your own initials are enough.
● Website: www.bottegaveneta.com

A marca no mundo
Os exclusivos produtos da BOTTEGA VENETA, que incluem bolsas, artigos de vestuário para homens e mulheres, malas e jóias sofisticadas, entre outros itens, são comercializados nas mais sofisticadas lojas de departamento do mundo e em suas mais de 155 lojas próprias, localizadas em países como Itália, Estados Unidos, França, Espanha, Reino Unido, Alemanha, Suíça, Grécia, Rússia, Turquia, Japão, Índia, China, Hong Kong, Singapura, Indonésia, Kuwait, Malásia, Arábia Saudita e Dubai. Os produtos em ouro (bolsas, malas e carteiras) representam 83% das vendas, as roupas 7% e os sapatos 6%. Os maiores mercados da marca são: Ásia-Pacífico (31%), Japão (24%), Europa (26%) e América do Norte (16%).
Você sabia? Em 2008, a BOTTEGA VENETA ganhou o prêmio de marca mais luxuosa do mundo organizado pelo Luxury Institute.
No atelier da marca na cidade de Vicenza, trabalham 150 hábeis artesões especialistas na confecção de artigos em couro.